sábado, dezembro 17, 2005

Calvários


Para melhor vizualização, cliquem nas fotos

Numa das encostas do denominado Monte de Santa Eufémia, na Freguesia de Guilhabreu, Concelho de Vila do Conde, ergue-se ali uma fantástica obra religiosa, que passa despercebida ao comum dos veraneantes. Tanto, aos que visitam o referido monte e o santuário ali existente, como os que passam apressados na estrada nacional que fica na base do mesmo, onde situa a entrada (na foto) e inicio dos calvários ali erigidos em 1913.
Segundo rezam as crónicas, um abastado mestre pescador, de seu nome Costa Monteiro, da freguesia vizinha denominada Canidelo, Vila do Conde, tendo ido à faina...

na sua embarcação com os seus homens, já no regresso da mesma, ao entardecer, foram surpreendidos por violenta tempestade, que apressou o cair da noite...

(Na base, o sagrado coração de Jesus)
sendo fustigados por ventos fortes e vagas enormes que ameaçavam virar a frágil embarcação. Tendo ficado sem luz solar, ficaram desorientados, em pleno mar alto, sem saberem para que lado ficava a terra. O mestre e toda a tripulação começou a rezar fervorosamente, por fim viram uma luz de terra, no Monte de Stª Eufémia...

Guiando-se por essa luz, conseguiram amarar sãos e salvos na praia. Depois rezaram ali a Deus, agradecendo a salvação, tendo o mestre prometido erigir um calvário completo (via sacra) da cruxificação de Jesus Cristo, de quem era muito devoto.

Adquiriu esta parcela da encosta virada ao mar e iniciou a construção dos calvários e respectivos caminhos em "S" em 1913, terminando a obra apenas em 1921. Como se depreende, não foi uma obra barata. Ainda nos dias de hoje, erguer este monumento religioso, ficaria muito dispendioso.

No interior de cada calvário, mandou colocar quadros alusivos ao tema respectivo. Mas infelizmente os originais, pintados à mão, já não existem, alguns foram furtados, outros danificados. Os que ali existem hoje e que ainda podem ser apreciados, (alguns já estão danificados), foram pintados na década de setenta e oitenta, alguns dos quais podem admirar nestas fotos. Mas a beleza dos originais, que ainda me lembro de os admirar, nada se comparam com estes, que são de traço simples e objectivos. Falta-lhes a alma religiosa e a delicadeza no traço que os primeiros possuíam.


De reparar, na escrita do português de então.

O trabalho efectuado na pedra granítica, com os relevos arqueados.

Vamos até ao próximo calvário

Perspectiva do que falta subir ainda... Ufa!

6ª Estação: mulheres limpam, piedosas o rosto de Jesus.
Aqui os devotos, pagam promessas, colocando na base ou no chão a sua cera a arder, para pagarem promessas formuladas.


Jesus Cristo pregado na cruz



Perpectuação do nome do proprietário deste terreno, erigido em pedra e sensivelmente a meio da encosta, lembrando que a religiosidade aqui contemplada não é pertença da igreja, mas sim da família Costa Monteiro.


Perspectiva do que já palmilhei, cerca de 50% do que ainda tenho de subir até chegar ao topo e final.
Mais uns calvários, dos quais não posto foto, para não vos maçar e porque as telas dos mesmos estão bastantes degradadas, portanto sem interesse, vislumbro por fim o penúltimo corredor, este quase a pique...

Aqui, mais uma vez me volto e do alto, reparo o quanto já subi, mas está quase...

Tela ainda em perfeito estado, com Jesus já morto, a ser chorado por sua mãe, antes de ser encerrado no sepulcro.

Jesus ressuscitado.


Jesus ressuscitado, aparece aos seus discíplos


Após 14 calvários (estações) encontramos a pedra comemorativa do fim da via sacra, no topo de todo o calvário percorrido e quase no topo do Monte de Stª Eufémia.


Ali estão inscritas na pedra algumas orações finais dirigidas a todos os devotos que assim podem rezar na sua devoção, umas ultimas palavras dirigidas ao Senhor.



Para culminar este dia e quase como prémio da minha persistência, do meu cansaço...


No cimo deliciei-me com este pôr do sol a fundir-se no mar!
Um pôr do sol, como já à muitos anos não via.
O sol a diluir-se nas águas, como se as beijásse ternamente e se fundissem!

Dezembro 2005

Espero que tenham gostado deste trabalho que efectuei com muito prazer.
Se alguém necessitar de mais fotos, dado que não coloquei tudo, apenas tem que as solicitar que serão cedidas. Para isso, basta dirigir-me um mail e indicar onde pretende colocar as fotos pretendidas.
© Bufagato 2005
posted by: lmc

quarta-feira, outubro 05, 2005

Parabéns filhota


Parabéns pelos teus vinte anos.
Quem diria, que hoje serias a mulher que já és.
Lembro ainda, a primeira vez que te tive nos meus braços, tão pequena e indefesa, tão carente, tão... amorosa. Só não deixei correr uma lágrima por vergonha de quantos nos rodeavam.
Mesmo pequenina já eras tão linda, parecias careca, pois os teus cabelos louros disfarçavam-se com o rosado da pele da tua cabeça.
E como sorrias e agarravas o meu dedo, como pedindo segurança e protecção, neste mundo a que te fiz aportar. Desculpa-me por isso, por não te poder oferecer um mundo melhor, mais cheio de paz, de amor e de coisas que nos encham de felicidade.
Sabes que te adoro.
Parabéns, querida minha.
Amo-te.

lmc

sábado, agosto 20, 2005

VIagens na minha terra

Srª da Lapa - Vieira do Minho
Conta a lenda: um pastor e seu gado
pastoriavam nesta encosta quando subitamente anoiteceu e
violenta tempestade abateu sobre a serra
sem refúgio, procurou abrigo entre rochas e nichos no terreno
quando viu uma donzela, de branco vestida, que o chamou para esta gruta
lá chegando, a donzela tinha desaparecido.
O povo crente, erigiu na mesma gruta, a bela capela que ali se pode admirar.
Fonte bi-centenária - Srª da Lapa

Bufagato

sexta-feira, agosto 05, 2005

Fui ao Minho


Resolvi passar a tarde à beira rio!
Vieira do Minho e um afluente do Rio Ave foi a opcção.
Com este calor, queria era uma sombra fresca, portanto...
abram alas...
O trânsito era muito Meti-me à estrada

Na viagem, paragem obrigatória para reabastecimento

nas fontes que existem à berma da estrada.

Por fim chegamos, escolhido o local descarregou-se o veículo


Imediatamente as crianças descarregaram e começaram a tarefa de encher o barco


Escolhi uma parte do rio em que a profundidade não ultrapassa o meio metro de altura para não me preocupar muito com as crianças.

Rio Ave

A água não estava muito fria e convidava a banhos!

Por fim, lá andaram de barco



Água limpida e cristalina

Passeio no interior do rio

A paisagem...
Tenho de repetir...